Miguel Setas participou do EDP Starter nessa sexta-feira, 19 de julho, em São Paulo
A EDP Brasil, braço da portuguesa EDP, tem planos para ter uma participação relevante no mercado de geração solar distribuída no país, disse o CEO da companhia, Miguel Setas, durante a abertura do EDP Starter Latam 2019 em São Paulo, nesta sexta-feira, 19 de julho. “Temos muita vontade de ter uma posição importante em energia solar distribuída”, afirmou o executivo.
O EDP Starter é um programa de inovação e aceleração que conecta startups com o Grupo EDP, em áreas como energias renováveis, redes inteligentes, inovação digital, armazenamento de energia e soluções que proporcionem o aumento da eficiência operacional e melhore a experiência do cliente.
Foram selecionadas dez empresas de um total de 129 participantes na América Latina. O Brasil foi o país que apresentou o maior número de inscrições na edição 2019. Europa e América do Norte também terão dez representantes cada, totalizando 30 startups selecionadas nessas três regiões. Nos próximos dois meses, essas empresas passarão por um processo de mentoria e apenas três de cada região serão selecionadas para participar da final em Portugal, em novembro.
Participaram do Pitch Time em São Paulo as startups Colab, Laud Voice, Blu 365, Fhinck, Já Entendi, Rio Analytics, Pix Force, Thermo Off e Trato.
De acordo com Setas, a EDP busca ser referência em inovação aberta e conectada. A ideia é desenvolver produtos e soluções que sejam de fato aplicáveis e proporcionem aumento da eficiência operacional da companhia. Setas lembrou que em 2012, havia 1.500 startups na América Latina e hoje esse número já passa de 12 mil. Foram gerados R$ 6 bilhões de negócios por essas empresas neste ano, 76% do valor transacionado foi gerado no Brasil.
Setas reforçou que o setor elétrico mundial está passando por uma grande transformação e o programa EDP Starter vai ajudar a companhia a se preparar para esse novo mercado. “Inovação é feita pelas pessoas e para as pessoas. Com objetivo de trazermos melhor qualidade de vida, mais conforto aos nossos clientes e sócios”, disse o executivo.
A EDP Ventures é uma corporate venture para fazer investimento em capital de risco da EDP, com orçamento de R$ 32 milhões. O Brasil será o país que receberá o maior volume de investimentos do Grupo EDP neste ano. Estão previstos R$ 30 bilhões de investimentos no país. A EDP tem investido em mobilidade elétrica, inteligência artificial, drones, robotização e geração distribuída.
O foco da EDP em GD é investir em usinas de média escala. A empresa está operando em Minas Gerais duas usinas solares totalizando 8,33MWp, capaz de gerar 17 MWh por ano. “A geração distribuída é um negócio que temos muita fé em ter uma participação diferenciada no mercado brasileiro”, disse Setas.
A EDP é a primeira companhia de energia elétrica a usar a tecnologia de blockchain para medir e registrar o consumo de energia em GD. “Essa é uma tecnologia que vai conferir robustez, agilidade e segurança na transferência das informações e estamos usando isso em geração distribuída”, disse o executivo.
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